Certeza, ta aí uma mentira que nos contaram que cada vez mais me dou conta que nao existe.
Tem certeza?
É...mais ou menos, certeza, certeza mesmo acho que não existe.
Essa seria a resposta mais sensata e consciente.
O que tenho controle é um universo muito menor daquele que não tenho controle.
Para ter certeza, é preciso ter controle.
A ciência exata, nos traz essa ilusão de certeza.
O certo mesmo esta contido dentro de um contexto conhecido. Imerso em uma sequência de regramentos que delimitam o contorno dessa certeza, ou seja, está certo até ali. A partir dali pode ser que não esteja certo.
Tomamos decisões com a falsa impressao de certeza. Na realidade escolhemos comprando os riscos da incerteza. Em tudo que decidimos compramos algum risco.
Sim comprar. Fica mais facil usar esse verbo que nos remete a pagar, ou ainda a entregar algo em troca por...
E se fosse mais simples, descrever um contexto, os riscos, e aceitar que já é.
Que a certeza é que vai mudar, vai evoluir, talvez até involuir dependendo do contexto.
Involuir também é um caminho, descomplicar, fazer mais simples como faziamos antes.
50 anos atras tomavamos decisões com um infimo de informações que tomamos hoje. Faziamos sem saber. E talvez pela redução de ruído tivéssemos mais clareza.
A busca de certeza tem me aprisionado.
Só faço o movimento se tenho certeza. Só me jogo se tiver baixo risco. Tenho medo de me machucar. Não sei o que pode acontecer depois da cortina. Ao subir no espetaculo, posso comover, ou me distrair, um movimento ou um pensamento atravessado num olhar pode mudar tudo no instante seguinte. O café que devia estar quente, pode estar frio. O que eu falei pode tocar o outro dum lugar que não conheço.
Então para que certeza?
As perguntas para que me libertam em observar as coisas num espectro da ação.
Certeza para ter ação na direção de...
De estar certo sempre, de ser o mais inteligente da sala, de mostrar que sei, de mostrar que o outro nao sabe, será.
Certeza pra gerar valor, será que um valor gerado aqui por esse viez, nao estao complicando em outras áreas, é sistêmico.
Poderia aqui dar mil voltas, mas a certeza absoluta não existe. Próprio Einsten torno a certeza relativa, que tudo é relativo a patir do ponto que observa.
Se até na matematica temos relatividade.
Por que buscar a certeza?
E se buscarmos a clareza? Consciente dê. Consciente do risco. Consciente do prejuío, consciente do outro, e fazendo o melhor que se pode dentro do que se pode.
Dar o máximo de si, não é dar o limite de si.
O limite vem depois do máximo. O máximo envolve aquilo que temos de melhor e que temos disponivel no agora.
Se estamos cansados, trabalhando de mais, com pouco tempo pra pensar e criar, talvez e só talvez estejamos entregando não o nosso máximo, mas o nosso limite, que nesse caso é inferior ao nosso máximo, por que não o temos disponivel no cansaço.
Presos aos medos e limites sociais que nos são impostos, talvez não estejamos mesmo dando os nossos máximos, mas sim nossos limites.
Todos no limite entregam menos do que todos nos máximos.
Máximos conectados com? Ou máximos sozinhos?
A inteligência coletiva é infinitamente maior que a inteligência individual.
Ai vem a IA e nos da acesso a uma amplitude coletiva em segundos. Ainda assim não é no individual que teremos clareza.
Fico com a pergunta...
Como desenvolver clareza coletiva?
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